Após anos sem diagnóstico, homem descobre cura para sua doença

Após muitos anos sem disgnóstico e tratamento, homem descobre cura para sua doença. Doug Lindsay, começou a sentir os primeiros sintomas de sua doença quando tinha 21 anos, em 1999.

Ele estava prestes a entrar na reta final da faculdade de biologia, os sintomas eram vertigem, fadiga, palpitações e cãibras. 

Primeiros sintomas

Em visita ao médico, Lindsay contou o que estava sentindo, a princípio as desconfianças eram de mononucleose – doença causada pelo vírus Epstein-Barr, transmitida por contato direto com saliva, ela acomete geralmente pessoas entre 15 e 25 anos- e então o recomendaram repouso.

Mas os sintomas não amenizaram e o rapaz passou a suspeitar que estaria com algo bem mais grave, que poderia ser tratar de uma doença crônica.

Sem diagnóstico

Foram 11 anos passando 22 horas durante o dia refém de sua cama, com uma doença misteriosa, em que nenhum médico conseguia descobrir de fato o que ele tinha, qual era o seu problema, nem como diagnosticar e tratar.

Lindsay lembra que a mãe e sua tia apresentavam sintomas parecidos com os dele, “elas sempre estiveram doentes.” disse ele. As duas enfrentavam problemas musculares, como rigidez, dores e fraqueza, cada vez mais as dificuldades de caminhar eram sentidas por elas.

Elas e ele buscaram respostas, indo a diversos especialistas médicos, como neurologistas, endocrinologistas, entre outros. Porém, nenhum deles conseguia explicar a causa dos sintomas.

Lindsay decide pesquisar

Lindsay decide pesquisar sobre os sintomas, e após muitas buscas, o rapaz passou a suspeitar que possuía algo relacionado a disautonomia – um transtorno que acomete o sistema nervoso autônomo, responsável pelo controle de funções importantes no corpo, como pressão sanguínea, frequência cardíaca e respiração – mas suas suspeitas foram descartadas pelos médicos.

Eles disseram que algo desse tipo não existia, o rapaz não se deu por satisfeito com as falas dos médicos e continuou pesquisando sobre a disautonomia.

Estudos sobre a disautonomia

Incansável pela busca de sua cura, Lindsay descobriu a National Dysautonimia Research Foundation, uma fundação sem fins lucrativos dedicada ao estudo da disautonomia.

Lindsay foi até a Carolina do Sul em 2002, quando tinha 24 anos, ele já não conseguia andar e na cadeira de rodas apresentou seu caso em um congresso onde estavam reunidos diversos especialistas do sistema nervoso autônomo.

Diagnóstico

O caso do rapaz chamou a atenção de um professor da Universidade do Alabama, o médico H. Cecil Coghlan.

Pelas inúmeras pesquisas realizadas, Lindsay desconfiava de que seu problema seria nas glândulas suprarrenais, elas ficam acima dos rins e são responsáveis pela liberação de adrenalina.

E as suspeitas se confirmaram, com a ajuda do médico Cecil Coghlan foi possível determinar que seu problema era devido a excessiva produção de adrenalina por meio das glândulas suprarrenais.

Lindsay e o médico que o ajudou, Cecil Coghlan – Fonte: Arquivo pessoal.

Tratamento

Lindsay e Cecil Coghlan resolveram adaptar a noradrenalina por meio de terapia intravenosa 24 horas por dia. Os resultados foram positivos e de acordo com o rapaz, o medicamento evitou a piora em seu quadro.

No entanto, ele continuava doente e não conseguiam descobrir as causas da produção de adrenalina em excesso. E foram mais dois anos até obterem as respostas tão esperadas.

Em 2006, um exame de medicina nuclear mostrou anormalidade na medula de suas glândulas suprarrenais. Foram sete anos até esse momento chegar.

O motivo do excesso na produção de adrenalina era o centro de suas glândulas serem hiperativos e seu corpo apresentar hipersensibilidade a essa condição.

A solução seria remover as glândulas suprarrenais, mas não existia cirurgia para isso, ele então resolveu criar uma.

A cirurgia

Somente em 2010, Lindsay conseguiu realizar a cirurgia de remoção das glândulas. Três semanas depois, sua vida começou a voltar ao normal, ele conseguia sentar, ficar em pé e até caminhar sem que os sintomas voltassem a se manifestar.

Palestras

Hoje, Lindsay ainda toma remédios, mas conseguiu se formar e participa com frequência de palestras em eventos contando sobre o seu caso para médicos e outras pessoas, que assim como ele fez um dia, estão em busca de tratamento para suas doenças raras.

Doug Lindsay durante palestra – Fonte: Redes sociais.

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